pintura
Arroz e feijão
Nesta pintura, Eduardo Lima traduz com delicadeza e identidade o cotidiano do sertão nordestino. A figura central, de olhos cerrados e sorriso sereno, transmite uma sensação de paz e pertencimento, como quem contempla a simplicidade da vida. O prato de arroz e feijão, apresentado com cuidado, assume um valor simbólico profundo: é sustento, memória afetiva e celebração do essencial. Ao redor, os cactos floridos e o sol intenso reforçam a força do semiárido, enquanto a rolinha pousada sobre o chapéu de couro acrescenta um tom de ternura, silêncio e harmonia com a natureza.
As cores vibrantes e a linguagem visual característica do artista — marcada por traços suaves, volumes arredondados e uma estética popular — constroem uma narrativa sensível e orgulhosa do sertão. Eduardo Lima não retrata apenas uma cena cotidiana, mas um modo de viver resiliente e cheio de poesia. A obra valoriza o simples, exalta a cultura nordestina e transforma gestos comuns em símbolos de afeto, dignidade e pertencimento cultural.




















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