pintura
Capoeiristas
Na obra Capoeiristas, Eduardo Lima dá forma e movimento a uma das mais expressivas manifestações da cultura afro-brasileira. No estilo característico dos “delgados”, os corpos longilíneos dos personagens dançam em um espaço quase etéreo, onde o contraste entre o claro e o escuro realça a leveza e fluidez da capoeira. As pernas esticadas, braços abertos e posições corporais exageradamente alongadas evocam não só o ritmo da luta, mas também a resistência, a ancestralidade e a poesia dos movimentos.
O uso contido de cores — predominando o branco, o preto e o marrom — concentra o olhar na forma e no gesto, revelando um equilíbrio entre simplicidade e profundidade expressiva. Eduardo Lima transforma os capoeiristas em símbolos de luta e arte, em figuras que flutuam entre o chão e o ar, num eterno gingado. A obra convida o observador a sentir o compasso invisível que os move, onde cada linha traçada carrega história, identidade e liberdade.
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